Seguidores

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

INOCÊNCIA




A tarde cai lentamente
no vai e vem das águas
a vida se refaz em quimeras
o céu opaco deixa o rio tenebroso
o menino sem camisa e tímido
brinca no balançar das águas
enquanto a sua imagem refletida
alterna em formas e cores
seus sonhos se dividem em fases
esparsos são apenas fantasias
brinca o menino na imagem do crepúsculo tardial
aos olhares do velho homem ao fundo
de semblante triste e cabelos brancos
enquanto em um renasce a esperança
noutro somente a desilusão persiste
ainda há tempo para sonhar?
Só o tempo lhe dirá
brinca o menino nas águas tocantina
desarmado e tímido sua vida segue
tudo indica que a inocência lhe agrada
sendo assim, não haverá revolução
mas onde estar à bandeira de paz do menino?




Poema do Projeto POÉTICA DAS ÁGUAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, com a organização e curadoria do Profº Drº Alexandre Santos (ALIXA) e também do livro Inédito HABITAÇÃO PROVISÓRIA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário