Airton Souza
A que ponto chegou com a violência, nesse país repleto de mazelas e desigualdades sociais? Essa foi uma pergunta que permeou por algumas horas desse dia de hoje, ao me deparar com o Jornal Correio do Tocantins, do dia 26 de julho de 2011 (terça-feira), Edição nº 2 241.
A violência chegou ao ponto extremo. Uma extremidade sem controle. O exemplo disso foi o assassinato do jovem Marton Costa, no último dia 25 (segunda-feira) , quando da ocorrência de um assalto a um micro-ônibus que viajava de Marabá a São Domingos do Araguaia.
Marton Costa era um cidadão honesto, de bem, trabalhador, filho, casado, 35 anos, pai de família e acima de tudo um ser humano.
Trabalhei na mesma empresa, junto com Marton Costa cerca de 8 anos, tendo a mesma função que ele, supervisor, também viajando. Mas, assim como ele, creio eu, nunca pensava no pior durante as viagens. Eu sempre tinha certeza que voltaria para casa. Por isso, nunca beijava meu filho como se fosse à última vez, nunca abraçava e beijava minha esposa como se fosse à última vez. O que aconteceu com Marton Costa não pode ser considerado uma fatalidade, e sim, uma realidade vivenciada por cidadões que viajam Brasil a fora.
Nós por mais que tentamos, não vamos conseguir amenizar a dor de um pai e de uma mãe, que perdeu seu filho, de uma esposa, que perdeu seu marido, de filhos, agora órfãos, esperando o papai retornar de sua viagem, sem entender, que a viagem foi eterna.
Só hoje pude chorar a morte de um amigo. Uma morte injusta, por sinal. E tomei coragem, com os olhos ainda molhados para escrever essa carta, que não foi escrita para as autoridades policiais, e nem mesmo para nenhuma outra autoridade responsável pela segurança nesse Brasil demasiado. Foi escrita para os próprios cidadões que comentem barbáries a custa de nada. Essa carta é um pedido de PAZ a vocês que sempre pensam que nada tem a perder e estão por ai cometendo e promovendo violência. A vida tem um valor inestimável e pessoas amadas querem (sobre) viver.
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