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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

PENSAMENTO CRUEL



E agora Raimundo?
foi-se a rima do vasto mundo.
E as Pombas de Correia?
bateram penas e voaram.
E a Praça do Castro?
virou o gênio sem desejo.
Bilac e a esperança do amor,
morreram às três horas da tarde.
Drummond e os seus cotovelos falantes,
fez nos escombros à rosa brotar.
Varela e as armas,
um destino cruel embriagado.
Cassimiro o dono das Primaveras,
com amor e medo...
Dias, Ville de Boulogne,
onde se calou o sabiá das palmeiras?
A árvore de Aziz?
um trago lúcido no pensamento errante.
Max, o Martins e o rio que ele era,
nada sabia, simplesmente se perdeu...
E o Pagão Braz por onde anda?
“por ai a tanger os seus rebanhos de pedras”
Eu?
Nada, um Poeta corrompido pelas falsas letras.


           
POEMA PUBLICADO NO LIVRO PRIMAVERSOS DA CBJE - RIO DE JANEIRO QUE SERÁ PUBLICADO NO MÊS DE OUTUBRO DESSE ANO.
 
Comentário do Jornalista, Poeta e Escritor Paraense Ademir Braz da Academia Sul e Sudeste de Letra pelo Orkut:
 
Ademir Braz: Humor leve e ironia sutil. Parabéns.

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