É impressionante como a cidade de Marabá vem ao longo dos anos sendo transformada em um gigante pólo comercial. O que se percebe em todos os bairros da cidade é como esse ramo de atividade econômica vem crescendo a cada dia. É como se a Lei Orgânica do município estivesse proibindo a residência em esquinas. Pois em ‘todas’ as esquinas marabaense há sempre um comércio. Sem falar das inúmeras ruas que já são próprias para essa prática.
O que se ver por todos os lados são os lojistas disputando o melhor espaço nos bairros. Como exemplo pode ser citado, a Av. Nagib Mutran, na Cidade Nova, que já conta com diversas lojas que antes só existiam na Av. Antonio Maia, na Velha Marabá.
As calçadas das principais ruas de Marabá também é hoje um grande ponto comercial. Ás vezes intrafegáveis, as calçadas se tornaram aceleradamente uma boa oportunidade para os camelôs, que vendem os mais variados artefatos.
Para se ter uma ideia de quanto esta prática comercial tem crescido em Marabá, agora mesmo nem os ônibus urbanos (os chamados coletivos) estão livre deste assedio tributário. É que outro dia viajando em um desses escassos ônibus urbanos, fui surpreendido por um senhor vendendo bombons (só descobrir isso no final de tudo). O mais incrível de tudo, é que eu nem havia percebido que ele estava vendendo, pois vejam como tudo se sucede. Ele entra por trás, sem pagar a passagem, chega sem fala nada com o cidadão e de uma forma ignorante (pelo menos é o que eu percebi de minha parte) sai entregando os seus doces de uma ponta a outra, distribuindo tudo de um lado a outro do veículo sem prestar nem um tipo de explicação. Depois de distribuir tudo, ele retorna para o fim do ônibus e vem dizendo, é só R$ 1,00.
Não que eu esteja reclamando de todo esse episódio hilário que vem acontecendo dentro dos ônibus urbanos de Marabá, até porque, já percebi que essa prática vem aumentando a cada dia. Quando não estão vendendo, estão pendido. Os que cumprem o papel de pedir vêm com umas fotos mirabolantes, ou com uns textos comoventes, tudo incrível. O que me refiro aqui é o constrangimento, a que vem sendo submetidos os passageiros desse meio de transporte, que muitas vezes têm apenas o dinheiro de pagar a sua passagem. Daqui á pouco isso tudo pode até virar uma baderna, com a venda de roupas, acessórios, e ai vai... (isso dentro dos ônibus urbanos).
Hoje em Marabá, quem não vende, compra, quem não compra, pede.
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