Saúdamos esse mês com uma triste notícia...A morte do operário de vulgo DEDE, que teve a vida ceifado no últime dia 31 (ontem) quando trabalhavam em uma construção no bairro liberdade, na av: Gaiapós. E como uma homenagem hoje, rabisquei uma poesia para o conforto de meu próprio coração. Pois, posso imaginar o quanto possa ser difícil a vida dos familiares desse rapaz que tinha apenas 31 anos de idade, e que saiu de casa para poder alimenta sua família e não mais retornou... Até porque o velório foi no ambiente onde ele morreu...
abaixo a poesia....
Operário fragmentando a labuta diária
espremendo a massa de um lado a outro
rebolando o objeto como que em dança
degustando o sol abaforido
não há tempo para reclamações
o cimento pode pedrejar
suor descendo salgado sem vitamina
o mundo segue aos seus pés
acima, o céu parece esperar calmamente
[pela sua alma
abaixo, são outros homens
gabando-se da liberdade
rumando com sorrisos falsificados
a indústria capitalista os esperam
não como o céu, calmo
são compromissos de horas exatas
enquanto o arroz e o feijão esfria
mesmo estando em sombra a marmita
coração pulsando desassossegado
dúvidas em não saber a verdade
já se alimentaram os seus filhos?
é preciso continuar o trabalho
ainda vai demorar cair a tarde
a noite é sonho apenas
que ainda não pode ser sonhado por inteiro
sonha-se a prestações
é preciso continuar o trabalho
pausa para a rápida comilança
que desce friamente
rumando para o estômago
retorno breve para dar vida a construção
colher e prumo na mão
cavalete, maquita, enxada...
sobe a escada o operário
não ver o fio elétrico que o chama
chão o espera como a cama eterna
cai sem as batidas do coração
não retornará para casa vivo o operário
são lembranças vagas os seus sorrisos
gravados em imagens fotográficas para sempre.
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