Esse poema escrito hoje (10) de outubro foi inspirado no Poema do Professor e Escritor Abilio Pacheco, lido em seu livro mosaico primevo- do poema Réquiem ao tempo presente. E oferecido especialmente para ele.
Réquiem duvidoso
a Abilio Pacheco
É preciso obedecer ao poeta,
sabemos da necessidade de enterrar nossos mortos.
O tempo é surdo,
mas não cura saudades.
Não serão nós os mortos?
O cão atropelado,
não seria descuido nosso?
O jardim pisoteado, o gato baleado,
seria por acaso a falta de desvelo?
Ou são ilusões ópticas,
Captadas tristemente pelas retinas coloridas?
É preciso enterrar a vida agora,
o dorso humano não suporta mais,
o mundo problemático.
Que sentido tem a morte?
Os sentimentos são resquícios de qualquer fato.
É desnecessário viver,
é preciso morrer!
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