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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PAGANDO A DÍVIDA

Como havia prometido hoje pela manhã, que eu relataria aqui um fato interessante que aconteceu comigo ontem, voltei para pagar a dívida(como sempre gosto de fazer, quem me conhece sabe disso).
Foi tudo muito simples, porém, cheio de significados para o meu ego e aos de meus queridos amigos que também exerce essa profissão.
Em uma conversa com um colega, eu comentava com ele que estava trabalhando como Professor de uma escola da rede pública do município.
E ele muito educado. Tem razão, não é que o rapaz é graduado em Pedagogia pela UFPA/Marabá.
O fato é, que para a minha própria infelicidade momentânea, falei para ele, que era a primeira vez que eu estava trabalhando como Professor e que já estava cansado de trabalhar em empresas privadas (também ponderas, dez anos não é para qualquer um. Ufa! haja paciência, dedicação e perseverança).
Falei mais ainda, que ser Professor, era um sonho que eu tinha. Não é a toa que Estudo em duas Universidades e muito além disso faço diversos cursos na área educacional.
Ele ? - me ouviu atentamente. Mas sem resistir, foi logo falando que ele nunca iria trabalhar na educação, o negócio dele era empresas privadas, relatando os prós e os contras dessas atividades.
Eu também com educação ouvi ele atentamente. 
O que me danou, foi passando alguns minuto o que o infeliz relatou para mim, "que os Professores iniciantes alimentam em seus sonhos profissionais a mudança do mundo, porque só eles simplismente para serem professores achando que pode mudar o mundo.
E eu calado, somente ouvido as suas palavras. Cabisbaixo, meio triste, me sentido um derrotado na vida, quando ouvindo aquelas "belas" palavras, sem reação. Logo eu que sou meio explosivo. Me contive.
Foram minutos se expressando muito bem, falando da profissão educacional. É claro que não muita coisas boas.
Eu meio que em duvida, não sei se a intenção do rapaz era me magoar.
Porém, fiquei analisando comigo mesmo por alguns segundos aquelas malditas palavras. De que a minha intenção inicial era mudar o  mundo, que todos nós quando começamos na profissão pensamos que somos totalmente capaz disso.
Contudo, ele esquecia de que segundo Sthephen Canitz "OS UNIVERSITÁRIOS EM SEU PRIMEIRO ANO DE FACULDADE IMAGINAM QUE PODEM MUDAR O MUNDO". Relatado em seu texto, " UM DEFINIÇÃO DE FELICIDADE".
É,  confesso fiquei meio que derrotado com todas aquelas palavras. Não tive saída, nem respostas, o jeito foi ouvir todo aquele depoimentos desmoralizante. Fiquei triste com o meu colega de conversa, pois sei que ele além de perder mais de cinco anos estudando todos os dias para concluir seu curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, também não acreditava mais no mundo. Penso eu que tudo o que ele ouviu em suas aulas na UFPA, entrou pelo seu ouvido esquerdo e saiu pelo direito. Penso mais ainda, ele deve ser um daqueles homens em que Platão relata no seu "Mito da Caverna", que vive vendo sombras, enquanto a realidade é apenas imagem numa parede. Chega, se não, falo mais e mais. Até desabafar... Como diria DRUMMOND  "VOMITAR ESSE TÉDIO..."
Sair de volta para minha casa. E chegando lá, corrir a pegar a minha mochila, que todos os santos dias levo para escola em que estou trabalhando temporariamente, somente para ver que aula teria no dia seguinte e em quais turmas iria trabalhar.
Fiquei feliz em saber que não posso mudar o mundo, mas pelos menos posso fazer a minha parte.
EU SOU UM PROFESSOR... ERA O MEU SONHO... ALÉM DAS MUITAS OUTRAS TAREFAS QUE DESEMPENHO AO LONGO DE UM DIA... DORMO SEIS HORAS POR DIAS, VEJO O MEU FILHO MENOS DE TRÊS HORAS POR DIAS, ASSIM TAMBÉM É A MINHA ESPOSA E POR FIM ESCREVO POESIAS... QUE JÁ NÃO É UM SONHO, MAS UMA AMBIÇÃO MINHA.

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