Quem eu sou...
Meu nome é Airton Souza de Oliveira, nasci em 23 de março de 1982, na cidade de Marabá (PA), sou filho de Maria Barbosa de Souza e Raimundo Gonçalves de Oliveira, ambos analfabetos, mas que com força de vontade fizeram-me homem decente, dando-me as oportunidades que eles não tiveram, que é a de estudar. Estudante de escola pública Marabaense, tive que aprender a recolher ao longo do tempo as migalhas que a vida ia me doando e que mais tarde serviriam com desejo e inspiração para transformar em arte poética. Hoje, sou acadêmico de História (Metropolitana) e de Letras (UFPA/Marabá), Professor da rede pública municipal, autor do Livro Incultações Noturnas, e de diversos outros trabalhos inéditos. Prefiro me caracterizar como um literato em formação contínua, pois, sempre que escrevo um poema, olho para trás, quer dizer, para os poemas passados, e percebo uma leve evolução na escrita. Pai de dois filhos maravilhosos - Airta Gabrielli e Leonardo Souza -, pretendo ser apenas exemplo para as suas vidas.
Interesse por literatura...
Quando tomei consciência do eu - mundo, já sabia o queria ser, Poeta e nada mais. Confesso que de início tive vergonha de assumir perante a sociedade em que eu convivia, esse desejo extremo de escrever. Mas mesmo assim, fui aos poucos produzindo os meus primeiros textos e guardando-os. Isso quando eu era ainda um menino de apenas 14 anos de idade. Já aos 18 anos, meus primeiros poemas ganhavam o mundo, através dos jornais de Marabá. A minha estreia literária foi há cerca de 10 anos com o poema “SEXTILHA DO NORDESTE”. Posso agora afirmar que as “LETRAS” e eu somos uma só matéria... inseparáveis. Já tentei diversas vezes deixar de lado esse desejo de escrever. Porém, quando menos espero, me pego por aí escrevendo. Acho às vezes que as letras estão encravando dentro de mim. Posso ir até mais além. Será se não sou um desses poetas aí reencarnado?
Costumo dizer que não nasci poeta. Também não sei se foi a necessidade de ser um literato que me fiz escritor. Porém, ser um Poeta, para mim não era um sonho, mas sim, uma ambição. As poesias que escrevo em sua maioria estão relacionadas aos acontecimentos diários e apresentam em seu conteúdo mais ironia e humor, apresentando traços prosaicos e não poéticas.
Relação vida/obra
Como minha vida é a minha obra, a relação entre ambas só poderia ser de puro amor e dedicação com uma pitadinha de desobediência e ódio. Pois, vivencio todas as horas os poemas que escrevo. Assim também são todas as crônicas, todos os contos. Faço de mim os personagens, as letras, os versos, as folhas de caderno estão todos os escritos. Não escrevo somente por escrever.
Verdade ou fantasia – Vida ou Morte?
Na verdade não sei bem definir esses termos. Posso apenas afirmar que ambos empregados na arte literária geram um complexo de beleza inesgotável. Principalmente na arte poética. Onde a vida e a morte parecem caminhar de mãos dadas em caminhos tão distintos. Já a verdade e a fantasia não são mera coincidência nesse relacionamento de vida e morte.
Autores preferidos
Carlos Drummond de Andrade, Álvares de Azevedo, Castro Alves, Olavo Bilac, Manuel Bandeira e, é claro, os nosso excelentes poetas paraenses.
A CBJE
A Câmara Brasileira de Jovens Escritores surgiu em minha vida como um desses anjos abrasadores em que Drummond fala em seus poemas. Foi realizando uma pesquisa a respeito de concursos e publicações de livros que descobri o site da CBJE na Internet. Curioso, fui logo tomando conhecimento do belo trabalho desenvolvido pela CBJE e gostei do que acabara de descobrir. A iniciativa tomada pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores em valorizar os novos escritores, principalmente aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de verem suas obras publicadas é de extrema importância para a história da literatura brasileira. Já para os escritores é um passo importantíssimo para dar asas à imaginação e a valorização de seus escritos, que agora tem caminho certo.
Para quem está começando...
O que diria eu para os novos autores? Apesar de também ser um desses novos escritores, que surgiu buscando as escassas oportunidades, não digo, peço para que eles sonhem, assim como eu, lutem e busquem saciar as suas ambições. Mas, isso tem que ser todos os dias. Que busque sempre novas alternativas de expandir seus trabalhos literários. A CBJE é uma dessas novas alternativas a que eu me refiro. E que não se sinta incapaz que realizar. Realize.
Uma mensagem...
A memória infantil permuta-me,
pelas horas vagas e o outono pobre,
dispensa-me do bom e do bem,
a alegria invade-me,
e resisto ao seu furto.
[...]
Contato: airton.mar@bol.com.br
Blog: www.airtonsouzza.blogspot.com
acesse e leia na integra essa entrevista:
http://www.camarabrasileira.com/entrevista464.htm
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